terça-feira, 5 de novembro de 2013

A cobertura jornalística do Ocuppy Wall Street

Por Amanda Carolina


A cobertura jornalística feita sobre os movimentos da Occupy Wall Street começou com pouco destaque e falta de interesse por parte da grande mídia em divulgar as manifestações. Os jornalistas colocaram o movimento em suas pautas quase duas semanas depois quando houveram as primeiras interrupções policiais, transformando a passeata, antes pacífica, em um acontecimento violento.

Sobre esse fenômeno da falta de cobertura jornalística, o Observatório da Imprensa emitiu um artigo, em um dos trechos o autor Carlos Eduardo Lins da Silva escreveu "Não é incomum que importantes movimentos sociais sejam ignorados pelo jornalismo estabelecido quando ainda estão no começo e são incapazes de mobilizar grande quantidade de pessoas. 

Em geral, atribui-se esse fenômeno à resistência ideológica da parte de editores e proprietários contra as reivindicações dos movimentos. Mas quase sempre o motivo para esse equívoco é muito mais prosaico... No começo, só umas dezenas de pessoas, quase todas brancas, jovens e de classe média, participaram, o que ajuda a explicar (mas não justificar) o desinteresse da mídia. Mesmo com pequena participação, o movimento trazia, para qualquer observador arguto, germes de expansão." Queixando-se de que a grande mídia não tem dado destaque em sua cobertura noticiosa aos protesto da organização Ocuppy Wall Street, os manifestantes se voltaram para o jornalismo cidadão e as mídias sociais para garantir a divulgação dos acontecimentos. 
O jornalismo cidadão contribui para a expandir o potencial das informações, ao postar nas redes sociais vídeos, fotos, tweets, tags, links,pequenos textos, entre outros. O aplicativo para iPhone Vibe foi muito útil para os manifestantes, este aplicativo torna os tweets anominos e é deletado conforme o tempo pré-definido pelo usuário. Porém é preciso selecionar as informações obtidas através dos jornalistas cidadãos, pois diferentemente do trabalho jornalístico da grande mídia, os materiais postados nas redes sociais não tem a reputação necessária.

Após a grande imprensa tomar interesse na cobertura do movimento, o problema encontrado pelos jornalista foi a repressão dos policiais. Segundo relatos do Comitê de Proteção dos Jornalistas, repórteres e fotógrafos sofreram agressões físicas e verbais, ou não puderem acompanhar as manifestações. O comitê se pronunciou após a detenção de sete jornalista ocorridas no dia 15 de novembro de 2011 "Os jornalistas devem poder cobrir os fatos sem temer detenção ou perseguição. É particularmente inquietante que funcionários públicos tenham tratado bloquear por completo a cobertura do evento". A truculência dos policias para com os manifestantes e a imprensa acarretou em mais protestos, além do objetivo central. Em resposta, o comissário da polícia ordenou que não fossem interferidas as práticas jornalísticas, advertindo ainda, que os policiais que contrariassem a ordem estariam submetidos a sanções disciplinares


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