A cobertura jornalística feita sobre os movimentos da Occupy
Wall Street começou com pouco destaque e falta de interesse por parte da grande
mídia em divulgar as manifestações. Os jornalistas colocaram o movimento em
suas pautas quase duas semanas depois quando houveram as primeiras interrupções
policiais, transformando a passeata, antes pacífica, em um acontecimento
violento.
Sobre esse fenômeno da falta de cobertura jornalística, o
Observatório da Imprensa emitiu um artigo, em um dos trechos o autor Carlos
Eduardo Lins da Silva escreveu "Não é incomum que importantes movimentos
sociais sejam ignorados pelo jornalismo estabelecido quando ainda estão no
começo e são incapazes de mobilizar grande quantidade de pessoas.
Em geral,
atribui-se esse fenômeno à resistência ideológica da parte de editores e
proprietários contra as reivindicações dos movimentos. Mas quase sempre o
motivo para esse equívoco é muito mais prosaico... No começo, só umas dezenas
de pessoas, quase todas brancas, jovens e de classe média, participaram, o que
ajuda a explicar (mas não justificar) o desinteresse da mídia. Mesmo com
pequena participação, o movimento trazia, para qualquer observador arguto,
germes de expansão." Queixando-se de que a grande mídia não tem dado
destaque em sua cobertura noticiosa aos protesto da organização Ocuppy Wall
Street, os manifestantes se voltaram para o jornalismo cidadão e as mídias
sociais para garantir a divulgação dos acontecimentos.
O jornalismo cidadão contribui para a expandir o potencial
das informações, ao postar nas redes sociais vídeos, fotos, tweets, tags,
links,pequenos textos, entre outros. O aplicativo para iPhone Vibe foi muito
útil para os manifestantes, este aplicativo torna os tweets anominos e é
deletado conforme o tempo pré-definido pelo usuário. Porém é preciso selecionar
as informações obtidas através dos jornalistas cidadãos, pois diferentemente do
trabalho jornalístico da grande mídia, os materiais postados nas redes sociais
não tem a reputação necessária.
Após a grande imprensa tomar interesse na
cobertura do movimento, o problema encontrado pelos jornalista foi a repressão
dos policiais. Segundo relatos do Comitê de Proteção dos Jornalistas, repórteres
e fotógrafos sofreram agressões físicas e verbais, ou não puderem acompanhar as
manifestações. O comitê se pronunciou após a detenção de sete jornalista
ocorridas no dia 15 de novembro de 2011 "Os jornalistas devem poder cobrir
os fatos sem temer detenção ou perseguição. É particularmente inquietante que
funcionários públicos tenham tratado bloquear por completo a cobertura do
evento". A truculência dos policias para com os manifestantes e a imprensa
acarretou em mais protestos, além do objetivo central. Em resposta, o
comissário da polícia ordenou que não fossem interferidas as práticas
jornalísticas, advertindo ainda, que os policiais que contrariassem a ordem estariam
submetidos a sanções disciplinares
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